A bicicleta e o comboio complementam-se harmoniosamente.

No dia-a-dia, o comboio e a bicicleta funcionam bem em conjunto: o primeiro para distâncias mais longas, o segundo para o último quilómetro. Em contexto de passeio, também podemos ter um casamento perfeito: a bicicleta pode, neste caso, servir-nos durante distâncias maiores, enquanto pedalamos por novas paisagens e territórios, e o comboio permite-nos chegar ao ponto do qual queremos partir (ou para fazermos o caminho de volta).
Paulo Guerra dos Santos, que se tem dedicado a mapear a Rede Nacional de Cicloturismo, um guia anual das melhores rotas a nível nacional para fazer de bicicleta, lançou este ano um trabalho extra: um mapa dos comboios que permitem o transporte de bicicletas e as respectivas condições de transporte. O mapa foi criado em colaboração com Dario Silva, maquinista da CP, e inclui tanto os serviços da CP como os da Fertagus.

O transporte de bicicletas é permitido e gratuito em quase todos os comboios CP e Fertagus, mas existem vários condicionamentos. Por exemplo, nos comboios Alfa Pendulares, só podem ser transportadas bicicletas dobráveis ou bicicletas “normais” mas desmontadas. O mapa de Paulo mostra, numa escala de verde, amarelo e vermelho, as ligações ferroviárias onde existem lugares garantidos, lugares condicionados ou lugares muito condicionados. É possível também ver quantas bicicletas é possível transportar em cada comboio.
Podes descarregar o mapa aqui:
A Rede Nacional de Cicloturismo, criada por Paulo Guerra dos Santos, conta com roteiros turísticos “para viajar de bicicleta em modo slow travel e descobrir cada metro quadrado de um território tão variado em ambientes e património”. Estão mapeados cerca de 7300 km de percursos, organizados três roteiros, ao longo de 380 páginas com mapas e fotos, e com 184 tracks para usar num navegador GPS. O trabalho completo custa 100 euros. No site de Paulo, é possível, no entanto, descarregar alguns mapas e roteiros gratuitos.