Na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (FCUL), há 15 anos, um grupo de alunos decidiu começar uma horta, transformando, para tal, um canteiro que nada mais era do que um aborrecido relvado. Aquilo que começou como um pequeno espaço agroecológico tornou-se hoje um projecto que quer transformar outros relvados da faculdade, tornando-os em refúgios climáticos e oásis de biodiversidade.
Em 2009, um grupo de alunos de biologia da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (FCUL) quis transformar um canteiro do campus, que mais não era que um desinteressante relvado, numa horta viva e aberta a todos os estudantes. Falou com a direcção da faculdade, que deu o aval – achando, provavelmente, que o projecto não resistiria ao final do ano lectivo. Assim, nasceu a HortaFCUL.
Passados 15 anos, a horta continua viva e a servir de pretexto para transformar outros canteiros da faculdade, trazendo mais verde, frescura e biodiversidade para o campus. Mais que um espaço de agroecologia ou de agrofloresta (clarificaremos este termo mais adiante), a HortaFCUL tornou-se também um espaço de encontro e de convívio da comunidade académica, que vai mantendo o projecto activo, passando-o de geração em geração. António Vaz Pato, 24 anos, é um dos actuais membros da HortaFCUL. Licenciado em Biologia, a terminar um mestrado em Ecologia, conheceu o projecto assim que chegou à FCUL. Primeiro olhou-o com algum cepticismo, mas depressa largou qualquer preconceito. É hoje um dos “guardiões” da Horta, isto é, um dos voluntários que assume activamente a manutenção do espaço.