Na inauguração da estação GIRA da Assembleia da República, Carlos Moedas deixou um apelo: “Espero que as senhoras e senhores deputados venham na bicicleta GIRA para o Parlamento. É um exemplo que dão.”
“Espero que as senhoras e senhores deputados venham na bicicleta GIRA para o Parlamento. É um exemplo que dão”, disse Carlos Moedas. “Os estudantes não preciso de convencer porque eles adoram.” Foi aberta mais uma estação GIRA na cidade de Lisboa. Trata-se da estação número 261, que está situada mesmo em frente à Assembleia da República, servindo também a comunidade de estudantes e professores do Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG).
“Desde o início do mandato, já inaugurámos 50 estações GIRA”, destacou o Presidente da Câmara de Lisboa. O autarca esteve, nesta quinta-feira, 3 de Outubro, acompanhado da Secretária-Geral da Assembleia da República, Anabela Leitão Ferreira, e do Presidente do ISEG, João Duque, para apresentar a estação GIRA que vai servir deputados e estudantes.
Esta é a 160ª estação da rede de bicicletas partilhadas de Lisboa, que já marca presença em 21 das freguesias da cidade e que conta agora com 1900 bicicletas eléctricas na frota. “Sinal do sucesso deste investimento que a EMEL fez são as mais de 12 milhões de viagens realizadas ao longo destes sete anos, ultrapassando os 46 milhões de quilómetros percorridos. É objectivo que a curto prazo com a chegada a todas as 24 freguesias de Lisboa, cada cidadão esteja a menos de 10 minutos a pé de uma estação GIRA”, aponta Carlos Silva, Presidente da EMEL, em comunicado.
Na cerimónia de inauguração da estação 261, Carlos Moedas, por seu lado, voltou a destacar a expansão da rede ciclável com “90 novos quilómetros de ciclovias, 20 dos quais totalmente segregadas”. “Também começámos a ter uma visão de que os carros tem de andar mais devagar. São as ruas 30+bici, em que os carros andam numa velocidade mais baixa para estarem em sintonia com as bicicletas”, destacou o autarca, referindo-se aos planos anunciados em Abril.
Até 2025, Lisboa passará de uma rede ciclável com os actuais 173 quilómetros para um total de 263, com a construção de mais 56 ciclovias de ligação que vão melhorar as ligações na infraestrutura ciclável da cidade. Não estão, no entanto, previstas ligações cicláveis no imediato em torno do Parlamento e do ISEG, uma zona que é um pouco agreste à utilização da bicicleta. Ainda assim, Luís Newton, deputado do PSD e Presidente da Junta de Freguesia da Estrela, comentou que a troca do pavimento da Calçada da Estrela, de empedrado por asfalto, uma obra que está a decorrer, vai ajudar à circulação de bicicletas.
Desde a sua criação, em 2017 e até hoje, a GIRA já realizou 12 269 407 viagens, ultrapassando os 46 378 358 quilómetros, uma distância equivalente a mais de 1 100 voltas ao redor da Terra. Foram percorridos 199 827 879 minutos, o equivalente a cerca de 380 anos de utilização contínua. Em 2024, o sistema de bicicletas partilhadas de Lisboa regista um número médio de 7 405 viagens por dia.
A EMEL quer continuar a apostar na democratização do sistema GIRA, quer do ponto de vista social, através do acesso gratuito para todos os residentes em Lisboa, quer através da presença territorial em todas as freguesias. Desde o seu lançamento, a rede GIRA tem vindo a contribuir para a mudança nos hábitos da mobilidade de inúmeros cidadãos que vivem, trabalham ou visitam Lisboa.
Moedas voltou a falar de que é preciso “caminhar gradualmente” para mudar Lisboa para uma cidade mais sustentável e que possa ser das 100 cidades europeias neutrais em carbono em 2030. “É importante que esta luta climática não seja ideológica. Tem de ser de todos para todos”, disse.
