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Mobilidade e habitação: pistas para dois grandes desafios da área metropolitana de Lisboa

Com as eleições autárquicas à porta, olhamos para dois dos grandes desafios da área metropolitana de Lisboa: a mobilidade e a habitação. O número de carros tem aumentado, tal como o número de utilizadores de transportes públicos, mas não parece haver uma verdadeira transferência modal. Até porque muitas pessoas vivem longe de Lisboa – e dos seus empregos – em locais com preços mais acessíveis, desenhados para o automóvel, e não para uma oferta de transporte público acessível e frequente. Com a ajuda de dados e de especialistas, começamos a analisar os problemas da mobilidade e da habitação, e procuramos soluções – pistas e caminhos que podem ajudar a orientar o debate no período eleitoral que se avizinha.

Com as eleições autárquicas à porta, olhamos para dois dos grandes desafios da área metropolitana de Lisboa: a mobilidade e a habitação. O número de carros tem aumentado, tal como o número de utilizadores de transportes públicos, mas não parece haver uma verdadeira transferência modal. Até porque muitas pessoas vivem longe de Lisboa – e dos seus empregos – em locais com preços mais acessíveis, desenhados para o automóvel, e não para uma oferta de transporte público acessível e frequente. Com a ajuda de dados e de especialistas, começamos a analisar os problemas da mobilidade e da habitação, e procuramos…

Trânsito na 2ª Circular, ao final de um dia de semana (fotografia LPP)

Antes do nascimento do Navegante, em 2019, não era possível comprar o passe pela internet e carregá-lo no telemóvel. Havia inúmeros sistemas tarifários, quase um por operador e com algumas combinações entre eles, em vez de uma visão integrada e simples de toda a oferta de transportes da área metropolitana. Muitos desses operadores não estavam presentes em plataformas digitais como o Google Maps, o que obrigava os passageiros a decifrar horários em PDFs pouco intuitivos, disponíveis em sites desactualizados, e a esperar nas paragens sem saber ao certo quando (ou se) o autocarro iria passar. Como havia vários operadores, saber qual era o responsável por cada zona era outro desafio.

Antes da revolução Carris Metropolitana, as frotas eram extremamente envelhecidas – veículos velhos, barulhentos, sem wi-fi, sem portas USB, e, em alguns casos, sem ar condicionado. Em 2019, as bicicletas partilhadas de Lisboa, as GIRA, eram ainda uma rede pequena e muito concentrada no centro da cidade. Os jovens até aos 23 anos ainda pagavam passe de transporte público e alguns chegavam, antes do Navegante, a despender centenas de euros por mês.

Nestes seis anos, os transportes públicos mudaram substancialmente na área metropolitana. Estão hoje mais integra-dos, mais digitalizados e mais modernizados. Nunca tivemos tão bons transportes como hoje. Mas nunca tivemos tantos utilizadores do veículo individual.

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