A prometida auditoria à ciclovia e rodovia da Almirante Reis já foi adjudicada ao Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC). Restante rede ciclável terá auditoria à parte.

A prometida auditoria à ciclovia da Avenida Almirante Reis vai avançar – como o Lisboa Para Pessoas tinha já noticiado – e será realizada pelo Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) pelo valor de 18,6 mil euros, segundo o contrato publicado esta segunda-feira, 7 de Novembro, no portal Base. A contratação do LNEC foi feita pela EMEL por ajuste directo.
Segundo o contrato, será feita uma “inspecção de segurança rodoviária entre as praças do Areeiro e do Martim Moniz”, envolvendo a Avenida Almirante Reis e a Rua da Palma. A adjudicação foi feita pela EMEL a 12 de Outubro, com o contrato a ser assinado entre as duas partes já neste mês de Novembro.
A auditoria de segurança – que tinha sido prometida por Carlos Moedas na sequência da polémica gerada em torno da ciclovia da Almirante Reis – tem um prazo de quatro meses, a contar da entrega pela EMEL ao LNEC “de toda a documentação técnica aos trabalhos a desenvolver”. A auditoria irá culminar na entrega de um “relatório final de Inspeção de Segurança Rodoviária Genérica (ISRg)”, o que deverá acontecer entre Fevereiro e Abril do próximo ano, dependendo do início concreto dos trabalhos e de eventuais atrasos.
Segundo declarações da EMEL à agência Lusa, a auditoria prevê três tarefas principais:
- a recolha de elementos sobre as características de projecto das rodovias objecto de inspecção de segurança rodoviária, do tráfego e da sinistralidade nos últimos cinco anos;
- a realização da inspecção no local com realização de medições de características de tráfego;
- a elaboração do relatório de inspecção de segurança rodoviária, com indicação dos perigos identificados no espaço rodoviário analisado, das correspondentes medidas correctivas e respectiva execução.
O executivo camarário de Carlos Moedas pretende também realizar uma auditoria a toda a rede ciclável da cidade de Lisboa, conforme o Lisboa Para Pessoas noticiou em Setembro. Mas a avaliação do eixo da Almirante Reis avança com um trabalho à parte, a cargo do LNEC. A auditoria à restante infraestrutura de ciclovias de Lisboa será realizada por concurso público, a ser lançado em breve pela Câmara de Lisboa.
Almirante Reis volta à discussão na quarta
A Avenida Almirante Reis vai voltar a ser discutida esta semana. Na reunião privada do executivo camarário agendada para esta quarta-feira, dia 9, está previsto “aprovar a metodologia para o desenvolvimento do Projecto Integrado de Requalificação do Eixo da Almirante Reis” – ou seja, os vereadores dos diferentes partidos irão discutir e votar as linhas gerais que orientarão o projecto de requalificação de todo aquele eixo, entre o Areeiro e o Martim Moniz, um processo que ficou conhecido como “concurso de ideias”.
Para a mesma reunião, o PCP leva a sua proposta com vista a criar um “Plano Urbano para a Avenida Almirante Reis”, de que já falámos aqui; os comunistas entendem que a autarquia deve definir um plano concreto para aquele eixo, envolvendo não só a Avenida mas outras artérias, praças e também edificado, antes de avançar com uma requalificação do espaço público da Avenida Almirante Reis. Por seu lado, o Livre, juntamente com o BE e os Cidadãos Por Lisboa, propõem que uma alteração à ciclovia da Avenida Almirante Reis venha acompanhado de um “projecto de alteração fundamentado” e colocarão também à discussão uma proposta.
As propostas do PCP e do Livre/BE/Cidadãos Por Lisboa já tinham sido apresentadas antes do Verão, tendo demorado o seu agendamento para discussão e votação em reunião de Câmara. Desenvolveremos todo este tema em breve.
Actualização às 17h50 de 9/11/2022: adicionadas declarações da EMEL, via Lusa.