A Avenida Álvaro Pais vai passar a ter duas vias por sentido (excepto em alguns troços) e receber duas pistas cicláveis unidireccionais.
Projecto de Abril de 2021, pode agora sair do papel. A EMEL abriu um concurso público para a construção de um troço de ciclovia na Avenida Álvaro Pais, com o preço base de 600 mil euros. A empreitada prevê a criação de duas pistas cicláveis unidireccionais ao longo de toda aquela avenida, onde têm vindo a surgir diversos empreendimentos de habitação acessível e onde será a futura sede da seguradora Fidelidade, que quer deixar a baixa.
No sentido descendente, a ciclovia começa na Avenida das Forças Armadas – onde, aliás, fica preparada para seguir pela Avenida Gama Pinto, em direcção à Cidade Universitária e à ciclovia já anunciada e prevista na Avenida Egas Moniz. Desce ao longo da Avenida Álvaro, percorrendo os limites do bairro do Rêgo (onde já existem vários eixos 30+bici) e da futura sede da Fidelidade, até se encontrar com a Avenida 5 de Outubro. Aqui há uma ligação directa à estação ferroviária de Entrecampos e uma indirecta à Avenida da República; e são deixadas outras ligações para o caso de a 5 de Outubro alguma vez se tornar numa avenida ciclável (está previsto transformar a via mais à direita, em cada sentido, numa via partilhada 30+bici). No lado ascendente, a pista dá acesso às várias habitações de renda acessível, algumas das quais construídas com garagens próprias para bicicletas. Ao longo da Avenida Álvaro Pais, há vários atravessamentos cicláveis que permitem circular entre um lado e o outro da artéria.
Para a implementação das duas pistas unidireccionais, a Avenida Álvaro Pais – que tem cerca de 704 metros de comprimento – passará a ter duas vias em cada sentido (tem actualmente três); a excepção é na aproximação à Avenida 5 de Outubro, onde no sentido descendente são deixadas três vias com a eliminação do espaço de estacionamento em favor do canal ciclável. O perfil-tipo da Álvaro Pais passará a ser o seguinte:
- duas pistas cicláveis unidirecionais, com 1,70 metros de largura, implementadas entre o estacionamento e a zona de passeio;
- uma faixa de protecção das ciclovias unidireccionais, com 0,50 a 0,80 metros de largura, adjacentes às zonas de estacionamento;
- passeios com largura variável entre os 2 e 3 metros;
- um separador central com 6 metros de largura, arborizado em alguns troços;
- duas faixas de rodagem com 6,50 metros de largura, acomodando cada uma delas, duas vias de circulação;
- uma zona de estacionamento longitudinal regulado, com 2 metros de largura, do lado direito de cada uma das faixas de rodagem.
Na intersecção da Avenida Álvaro Pais com a Avenida das Forças Armadas, existirão medidas de acalmia e segurança rodoviária junto aos actuais atravessamentos pedonais que passarão a ser também cicláveis. Haverá a introdução de semaforização e de piso antiderrapante, bem como a sobrelevação de pelo menos um atravessamento, por ser considerado o mais crítico. Ao longo da intervenção, existirão medidas ao nível da acessibilidade pedonal, com o rebaixamento de passeios junto a passadeiras, a colocação de piso táctil para pessoas com mobilidade condicionada, a eliminação de barreiras como escadas ou a instalação de ilhéus para que a travessia de peões se efectue a dois tempos.
No projecto é contemplada a redefinição do estacionamento no lado direito da Rua Lyon de Castro, em direcção à Avenida Álvaro Pais, substituindo o estacionamento longitudinal por estacionamento oblíquo, aumentando assim o número de lugares e compensando a quebra na oferta que está prevista junto ao edifício Marconi. Aqui está prevista a instalação de uma estação GIRA com capacidade para 20 bicicletas, bem como de um amplo parque de motas em espinha, com capacidade para 20 veículos de duas rodas.
Para a concretização deste projecto, a EMEL tem concurso público aberto até 17 de Agosto, procurando construtoras que possam executar o projecto. O preço base é de 600 mil euros, ou seja, é este o valor máximo que a empresa municipal de mobilidade conta gastar nesta intervenção. A EMEL tem outros projecto de ciclovias em curso: o da Avenida Egas Moniz “está pendente de uma análise de desempenho que já foi solicitada”; a ponte ciclopedonal sob a Avenida Almirante Gago Coutinho aguarda “visto do Tribunal de Contas para se iniciar a obra”; a ciclovia na Avenida Fernando Pessoa – para resolver uma descontinuidade existente entre a Alameda dos Oceanos e a Avenida Marechal Gomes da Costa – pode “avançar ainda este ano”; e a ciclovia do Passeio dos Heróis do Mar, que liga à ponte ciclopedonal do Trancão e que actualmente termina na Rua Chen He, deverá ser prolongada pela Rua Príncipe do Mónaco até à Alameda dos Oceanos. Paralelamente, no âmbito da requalificação da Praça Marechal Humberto Delgado (Sete Rios), está a ser criado um troço de ciclovia; e entre a expansão da Gulbenkian e o novo Largo de São Sebastião, também se prepara uma melhoria da rede ciclável na Rua Marquês da Fronteira, perto do El Corte Inglés.
