Porque é que há abrigos de paragens de autocarro a serem removidos em Lisboa?

Resposta curta e directa: estão a ser substituídos por novos.

Fotografia LPP

A resposta é muito simples: estão a ser substituídos por abrigos novos. No âmbito do novo contrato de concessão de publicidade assinado entre a Câmara de Lisboa e a JCDecaux, a cidade de Lisboa vai contar com novos abrigos nas paragens de autocarro. A substituição começou no mês de Agosto, em Entrecampos, e tem vindo a ser alargada gradualmente a mais partes da cidade. Ao todo, serão instalados 2000 abrigos novos e removidos os 1760 equipamentos actuais, o que significará um acréscimo de 240 abrigos.

Os novos abrigos são mais modernos e vão permitir uniformizar o design das paragens de autocarro da cidade. Alguns dos novos equipamentos irão satisfazer também as novas necessidades dos cidadãos, nomeadamente através de funcionalidades extra, como tomadas USB, hotspot de Wi-Fi livre num raio mínimo de 50 metros em torno dos abrigos e sistema de informação em tempo real, que estarão disponíveis em parte destes novos abrigos.

A estreia do novo modelo foi feita em Entrecampos, junto ao edifício da Câmara Municipal de Lisboa. O abrigo aqui instalado é simples e é dos que não tem as funcionalidades extra referidas, que estarão reservadas para as principais paragens de autocarro de Lisboa.

Por outro lado, e de acordo com a JCDecaux, os novos abrigos de passageiros alinham-se com a filosofia de sustentabilidade da empresa; “foi feita uma aposta clara no baixo consumo e autonomia energética, assim como na utilização de produtos amigos do ambiente, desde o processo de concepção e fabrico até à própria manutenção”, nomeadamente através da optimização do uso de matérias-primas no processo produtivo e na diminuição do desperdício.

No entanto, a substituição dos abrigos das paragens tem provocado incómodos aos passageiros dos autocarros, que têm encontrado passeios esburacados ou até vedados, como o LPP tem testemunhado em vários locais. Sem a sombra dos abrigos e nos dias de maior calor, as pessoas procuram refugiar-se na sombra de prédios e de árvores, por vezes, longe dos locais de paragem dos autocarros, obrigando a uma pequena corrida à sua chegada.

A cidade de Lisboa, como outras, em vez de investirem elas próprias em abrigos de paragens de autocarro concessionam esse serviço a empresas privadas de exploração de publicidade, como é o caso da JCDecaux. O novo contrato de concessão de publicidade tem um prazo de 15 anos e vai significar também a colocação de novos mupis e painéis publicitários (900 no total, em que 250 serão digitais e 125 destes serão de grande formato) – uma parte já está na rua – e também a renovação e duplicação dos sanitários públicos automáticos (serão 75 sanitários, parte dos quais adaptados a pessoas com mobilidade reduzida). Sabe mais aqui.

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