Oeiras abre primeiras 10 estações da sua rede municipal de bicicletas partilhadas

Chegou a rede municipal de bicicletas partilhadas de Oeiras. Arranca com uma fase experimental gratuita, 10 estações e 50 bicicletas.

Fotografia LPP

Foi este domingo, 24 de Setembro, que o concelho de Oeiras inaugurou o seu sistema público de bicicletas partilhadas, activando as primeiras 10 estações e colocando à disposição as primeiras bicicletas, todas eléctricas. Gerido pela Parques Tejo, a empresa municipal de mobilidade de Oeiras, o sistema vai ser gratuito numa primeira fase.

A rede municipal de bicicletas partilhadas de Oeiras conta, por agora, com três estações na recente ciclovia da Medrosa, que liga a estação de comboios de Oeiras à universidade NOVA SBE e à Praia da Torre; com cinco estações entre a estação de comboios de Paço de Arcos e Porto Salvo, ao longo da Ciclovia Empresarial; e duas estações entre o terminal rodoviário de Algés e o Parque Urbano de Miraflores. Falta instalar numa décima primeira estação na Praia de Santo Amaro de Oeiras, que poderá ser utilizada com a da estação de Oeiras.

(Note-se que as duas estações colocadas na zona de Algés são, por agora, as estações de bicicletas partilhadas mais próximas do bairro do Restelo, onde, há mais de um ano, fruto da oposição da Junta de Freguesia de Belém, estão quatro estações GIRA por abrir.)

Nesta primeira fase, além das 11 estações com seis docas cada, estarão disponíveis 50 bicicletas eléctricas, sendo que, num futuro próximo (até 2024), prevê-se que a rede tenha 40 estações e 120 bicicletas. Todas as estações da Oeiras Move estão equipadas com videovigilância, ao contrário das estações GIRA, o que ajudará a evitar vandalismos. A gestão de todo o sistema é feita pela Parques Tejo, a empresa municipal de mobilidade de Oeiras, através da sua marca Oeiras Move – um modelo semelhante ao de Lisboa, onde é a EMEL, a empresa municipal de mobilidade da capital, a responsável pela GIRA.

Tal como a GIRA, a rede da Oeiras Move é acessível através de uma aplicação móvel, disponível para Android e iOS. Essa app, designada precisamente Oeiras Move, pretende ser o “hub digital” de toda a mobilidade no concelho, juntando numa só interface o estacionamento automóvel (na rua e em parque), o carregamento de veículos eléctricos, a rede municipal de bicicletas partilhadas, as bicicletas e trotinetas de operadores privados, os transportes públicos e também os táxis e TVDEs. Encontrando-se ainda em desenvolvimento, a maioria das funcionalidades da app Oeiras Move não está ainda disponível; por agora, funciona apenas para as bicicletas municipais e para o estacionamento de rua.

A utilização da rede municipal de bicicletas de Oeiras é semelhante à da rede GIRA: basta abrir a app Oeiras Move, seleccionar a opção “Bikesharing” e clicar no botão “Começar trajecto” que aparece no fundo do ecrã. A partir daqui, é ler o código QR ou digitar o número da bicicleta para fazer o desbloqueio; por fim, é só tirá-la da doca – com cuidado, claro.

As bicicletas têm um cesto frontal para transportar carga leve, e um cadeado para pequenas paragens. Há três mudanças manuais e uma assistência eléctrica que ajuda nos arranques e subidas, desligando-se aos 25 km/h conforme ditam as regulamentações nacionais e europeias. Não há forma de desligar a assistência, nem de a nivelar. O banco oferece 10 posições de alturas e também uma pequena suspensão.

Para terminar uma viagem, é preciso deixar a bicicleta numa doca que esteja disponível (vazia) e confirmar que ficou presa. Mas não basta isto. É preciso ainda terminar a viagem na aplicação, clicando em “Terminar trajecto” e tirando uma fotografia à bicicleta estacionada. Se a pessoa não fizer estes passados (isto é, se somente deixar a bicicleta na doca mas não terminar a viagem na app), o veículo não ficará disponível para outra pessoa usar. A Parques Tejo diz estar ocorrente desta situação e que é algo que quer corrigir, para que o término de viagem seja automático com o estacionamento da bicicleta na doca, sem a pessoa precisar do telemóvel. Neste momento, como a app Oeiras Move ainda está em desenvolvimento, não há forma de consultar o histórico de viagens, nem outras informações durante a utilização. A Parques Tejo diz também que está a trabalhar nestes aspectos.

Nesta fase, a utilização do sistema é gratuita, mas limitada a um período máximo de cinco horas consecutivas; no entanto, é preciso ter em consideração que estas bicicletas são pensadas para deslocações de curta distância e não para passeios longos. A Parques Tejo ainda não definiu um horário para a utilização da rede de bicicletas e diz que vai fazê-lo a partir dos dados que recolher da utilização que as pessoas fizerem da rede. Também não existe uma data definida (ou, pelo menos, comunicada) para o fim do período gratuito; o objectivo é o mesmo: aprender com a utilização e tirar daí ilações.

Fotografia LPP

A manutenção e balanceamento de bicicletas da rede de bicicletas partilhadas vai ser feita através de uma empresa contratada para o efeito e também pelas equipas de que a Parques Tejo já dispõe para a manutenção de parquímetros. Estas assegurarão as pequenas manutenções e o balanceamento de bicicletas em docas; as grandes manutenções e verificação de avarias será feita por empresa contratada.

Se tiveres problemas, podes contactar a Parques Tejo pelo número 215 990 000 (disponível 24 horas) ou pelo e-mail [email protected]. O regulamento de utilização da rede municipal de bicicletas partilhadas de Oeiras ainda está a ser ultimado e estará futuramente disponível.

A inauguração do sistema de bicicletas partilhadas de Oeiras coincidiu com a inauguração da nova ciclovia da Medrosa, um eixo bidireccional de 1,5 km que, apesar de não ser o mais linear (obriga o ciclista a atravessar a estrada várias vezes), oferece uma ligação segura entre a estação ferroviária de Oeiras e a Praia da Torre, conectando também dois equipamentos de ensino de excelência, a NOVA SBE e a NCI Academy. A Câmara de Oeiras pretende criar 50 km de ciclovias no concelho, para já, incluindo na Marginal.

Fotografia LPP
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