O programa “Lisboa Sem Fios” tem removido os cabos das fachadas dos edifícios da cidade, transferindo-os para o subsolo. Já foram retirados 20 km de cabos em várias zonas da cidade, como Alvalade, Avenidas Novas e Alcântara.

Fachada a fachada, Lisboa vai ficando com menos fios. A Câmara de Lisboa, em conjunto com a Autoridade Nacional de Comunicações (ANACOM), os operadores de telecomunicações e a distribuidora de energia eléctrica E-Redes, tem vindo a remover cabos e equipamentos das redes de electricidade e telecomunicações instalados em postes ou à vista sobre as fachadas dos edifícios. A iniciativa municipal, intitulada Lisboa Sem Fios, tem abrangido várias partes da cidade através de acções-piloto.
No ano passado, a intervenção nas fachadas de cerca de 200 edifícios permitiu a retirada de 20 km de cabos “mortos” e a transferência de cabos “activos” para o subsolo. As primeiras intervenções foram realizadas na Avenida da Igreja, em Alvalade, e na Avenida Fontes Pereira de Melo. Depois, o Lisboa Sem Fios rumou ao Largo de São Sebastião da Pedreira, à Parada do Alto de São João, ao Largo do Conde-Barão e, por fim, ao Bairro Azul.
Só neste último local, o Bairro Azul, foram removidos cerca de 11 km de cabos de uma centena de edifícios, ao longo de várias ruas interiores, entre a Rua Marquês de Fronteira e a Avenida António Augusto de Aguiar. A intervenção, que decorreu no último trimestre do ano, permitiu, como nos restantes locais, a retirada de os cabos “mortos” das fachadas e a transferência de cabos “activos” para o subsolo. Apenas são mantidos cabos que, por algum motivo, não podem ser retirados. O resultado é sempre fachadas com muito menos fios.
Em Janeiro, o programa Lisboa Sem Fios esteve em Alcântara, mais concretamente no Largo do Calvário e Largo das Fontaínhas, com uma intervenção em cerca de 50 edifícios, envolvendo aproximadamente 6,5 km de cabos inactivos de electricidade e telecomunicações.
Segundo a Câmara de Lisboa, estas acções-piloto são úteis no ajuste de procedimentos e coordenação entre os diferentes operadores de telecomunicações e também a E-Redes. Paralelamente, está a ser revisto o Regulamento de Infraestruturas em Espaço Público e será criado um guia de apoio para que proprietários e condomínios possam contribuir para a retirada dos fios das fachadas da cidade de Lisboa.