Vila Franca de Xira avança com prolongamento do passadiço ribeirinho

O Parque Linear do Estuário do Tejo, em Vila Franca de Xira, está a crescer para norte. Vai ser possível ir de Alverca até ao Parque das Nações, à beira-rio, a pé ou de bicicleta.

Fotografia LPP

Percorrer a pé ou de bicicleta toda a frente ribeirinha de Lisboa, Loures e Vila Franca de Xira, sem descontinuidades, está mais perto de se tornar realidade. Se hoje já é possível ir de Lisboa até Alverca, no concelho de Vila Franca de Xira, por um percurso ribeirinho contínuo, parte do qual em passadiços de madeira, existe ainda uma interrupção do trajecto entre Alverca e Alhandra. No entanto, essa interrupção vai ficar mais curta já em 2025.

A Câmara de Vila Franca iniciou as obras de construção de mais um troço do designado Parque Linear do Estuário do Tejo. Este parque, que liga ao Percurso Ribeirinho de Loures, vai ganhar mais 4,9 quilómetros de extensão e mais 14,1 hectares de área. Este prolongamento será feito ao lado da ETAR de Alverca e das instalações da Força Aérea Portuguesa (Aeródromo de Alverca), que constituem hoje barreiras à fruição pública do rio Tejo.

A extensão do Parque Linear do Estuário do Tejo será desenvolvida de forma semelhante à sua infraestrutura já existente. Nesse sentido, os novos caminhos para peões e ciclistas vão ser criados utilizando estruturas elevadas de madeira (passadiços), mas também existirão troços cujo pavimento será terra batida e gravilha. Ao todo, vão nascer dois novos trilhos ciclopedonais – o Trilho das Comportas (com 3,32 quilómetros) e o Trilho dos Salgados (com 594 metros) –, e o Trilho do Tejo vai ser prolongado com mais 990 metros.

O Parque Linear do Estuário do Tejo ganhará diversas zonas de contemplação da Natureza, da riqueza ribeirinha e da sua biodiversidade, vários pontos de observação de aves, algumas zonas de estadia e descanso com bancos, e ainda cinco túneis de ensombramento, que irão proporcionar zonas de sombra nas épocas de maior calor. Além dos já referidos trilhos, serão ainda criados os Passadiços dos Salgados, que terão 1,12 quilómetros e que serão implantados numa zona húmida com 7,6 hectares, formada por juncais, caniçais e sapais.

Nesta obra, o Parque Linear do Estádio do Tejo vai chegar até muito perto do Sobralinho, mas a intervenção terá uma segunda fase, que ficará para outra altura. Esta segunda fase incluirá três novos trilhos ciclopedonais, a transformação da Praia dos Tesos numa praia fluvial de usufruto público, e também o prolongamento do Trilho da Verdelha para o interior de Alverca. Para mais tarde, ficarão também algumas passagens superiores sobre a linha de comboio, permitindo estabelecer novas ligações entre as áreas urbanas e os percursos ribeirinhos.

Quando a primeira e segunda fases do Parque Linear do Estuário do Tejo estiverem concluídas, será possível ir a pé ou de bicicleta de forma contínua desde o Sobralinho, vila situada entre Alhandra e Alverca, até ao Parque das Nações. A segunda fase não tem ainda calendário, mas a primeira fase deverá estar pronta em 2025. A obra tem um custo total de 6,18 milhões de euros e foi entregue, por concurso público, à construtora Mota Engil. A consignação da empreitada realizou-se em Fevereiro e a obra iniciou-se em Novembro.

Com a obra em curso e com a prometida segunda fase, a área metropolitana de Lisboa ficará mais próxima de ter um percurso ciclopedonal ao longo o rio, pelo menos entre Vila Franca de Xira e Lisboa. A faltar estará apenas um pequeno troço entre o Sobralinho e Alhandra. A concretização deste troço tem a dificuldade de existir ali a fábrica de cimentos da Cimpor. Já em Alhandra inicia-se um caminho pedonal e ciclável, contínuo, até Vila Franca de Xira.

Reparações em curso

Não basta construir novo, também é preciso reparar. Por isso, a Câmara de Vila Franca de Xira lançou uma empreitada de reparação dos diversos elementos de madeira presentes ao longo do Parque Linear Ribeirinho do Estuário de Tejo já existente e na Praia dos Pescadores.

Esta obra está a decorrer até ao final deste ano, e representa um investimento de aproximadamente 158 mil euros. Pretende-se a reparação de elementos danificados e a substituição de elementos empenados, por forma a repor o seu bom estado e possibilitarem a sua utilização em segurança por pessoas a pé ou de bicicleta.

Fotografia LPP

“Com o passar do tempo, os diversos elementos de madeira presentes nestes locais apresentam sinais de degradação, requerendo trabalhos de acompanhamento, requalificação e manutenção, nomeadamente ao nível de estruturas de ensombramento, guardas de madeira, mobiliário urbano, decks, paliçadas e passadiços. Estas intervenções de manutenção corretiva, são recorrentes, permanentes e constantes”, explica fonte da autarquia. Esta intervenção não implica a interrupção da circulação aos utilizadores, estando apenas prevista uma redução do espaço de circulação por questões de segurança.

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