Moedas comprometido com expansão da GIRA em Lisboa e além da cidade

Na primeira ida à Assembleia Municipal de Lisboa para prestar contas, Carlos Moedas destacou a expansão da GIRA. Problema com o fornecedor de electricidade que estava a atrasar a abertura de estações deverá estar resolvido na segunda semana de Janeiro, avançou o Presidente da Câmara.

Fotografia de Lisboa Para Pessoas

O executivo mantém o compromisso com a expansão da rede GIRA, não só com as mais de 50 estações instaladas durante o Verão e que aguardam ainda a sua abertura, mas também com os “futuros eixos de expansão/reforço” da rede pública de bicicletas partilhadas.

A expansão da GIRA foi um dos temas que Carlos Moedas destacou na sua primeira Informação Escrita do Presidente, um documento apresentado trimestralmente na Assembleia Municipal de Lisboa (AML) no qual o Presidente e a Câmara de Lisboa (CML) prestam contas aos deputados municipais, responsáveis por escrutinar o trabalho daquele órgão autárquico. A primeira Informação Escrita assinada por Moedas e redigida com os serviços da Câmara foi apresentada e discutida esta terça-feira, 21 de Dezembro, em sessão ordinária da AML.

O relatório, que é referente ao período entre 1 de Setembro e 30 de Novembro, detalha que, durante esses meses, a Câmara de Lisboa fez o “acompanhamento do processo de instalação de 80 novas estações pela EMEL”, que incluem as 50 estações instaladas no Verão em vários pontos da cidade e cuja abertura tem sido demorada, bem como as 30 que a empresa já tinha instalado anteriormente nos Olivais, Lumiar e Almirante Reis. Destas 30, abriram apenas doze, nos Olivais no Lumiar ao longo da Alameda das Linhas de Torres. Neste ano de 2021, também abriram as quatro estações em falta na Cidade Universitária e as três na frente ribeirinha, na zona de Alcântara e Belém – mas estas sete pertenciam a um lote mais antigo.

A GIRA conta actualmente com uma rede composta por 102 estações activas e por cerca de 930 bicicletas. Com a abertura das estações em falta, a GIRA irá chegar a Benfica, a São Domingos de Benfica, Carnide, Campo de Ourique, Campolide e ao eixo 24 de Julho/Avenida da Índia até ao Restelo, e será reforçada em Carnide e no Lumiar.

A EMEL tem em concurso público a aquisição de mais 50 estações além das que já estão no terreno. Para este lote e para futuros lotes, está a ser feito um “planeamento dos futuros eixos de expansão/reforço da rede”, segundo a Informação Escrita do Presidente. De acordo com este documento, a expansão da GIRA deverá passar pelos “eixos Alcântara-Ajuda e Restelo-Belém, Marvila-ISEL, eixo ribeirinho, interfaces e relações intermunicipais com Loures, Odivelas, Oeiras e Amadora, assim como densificação nas freguesias de Benfica, Lumiar e Olivais”. Ou seja, a intenção de levar a GIRA além da cidade de Lisboa mantém-se.

Problema eléctrico em resolução

Voltando às estações GIRA já instaladas mas por abrir, o atraso deve-se a um problema com o fornecedor de energia que venceu o concurso público da EMEL. No entanto, Carlos Moedas adiantou na sessão ordinária da AML desta terça-feira, em resposta ao deputado liberal Rodrigo Mello Gonçalves, que “a informação que temos é que já temos um novo fornecedor, que está a fazer as ligações e que na segunda semana de Janeiro [as estações] estariam a funcionar”. Contactada pelo Lisboa Para Pessoas, a EMEL esclareceu que prevê “uma abertura faseada durante o primeiro semestre de 2022” destas 50 estações.

Segundo a empresa, existem neste momento “18 novas estações em fase de licenciamento e análise de viabilidade” a pensar numa “expansão para Olivais, Eixo Ribeirinho-Restelo, Eixo São Domingos Benfica-Benfica-Carnide e Zona da Baixa”. De acordo com a EMEL, as 50 novas estações agora em processo concurso público – um processo que está quase a terminar – servirão “para densificar a rede nos Olivais e em outros locais, bem como expandir para a Penha de França e outras zonas”. “A EMEL está ainda a estudar a compra de mais bicicletas eléctricas durante o ano de 2022 para fazer face a este aumento da rede.”

Na mesma sessão, Moedas revelou que já teve uma “reunião muito importante” com Laura Caldeira, Presidente do LNEC (Laboratório Nacional de Engenharia Civil), “onde lhe pedimos que nos faça uma proposta para podermos analisar a segurança das nossas ciclovias”. Recorde-se que esta tinha sido uma promessa do actual Presidente da Câmara: rever a rede ciclável existente e prevista para a cidade de Lisboa, solicitando uma auditoria de segurança ao LNEC, que, segundo Moedas, é a única autoridade com competências para o fazer. “Acho que isto é importante de dizer – e gostava de dizê-lo a todos, especialmente aos cidadãos que estão lá atrás [na bancada da AML] – que eu sempre gostei de bicicletas, sempre andei de bicicleta. Agora, nós queremos ter uma rede ciclável que seja segura para as pessoas e que nos sintamos capazes de dizer aos nossos filhos que podem ir sem medo de bicicleta para a escola”, declarou o Presidente da CML. “Estou à espera que o LNEC nos possa ajudar nisso.”

Na Informação Escrita do Presidente apresentada na AML, surgem, no entanto, algumas novidades quanto ao futuro da rede ciclável. Entre Setembro e Novembro, a Câmara analisou o projecto da EMEL da próxima da rede ciclável no bairro de Campo de Ourique, assim como o projecto também da EMEL de uma ciclovia na Calçada de Carriche. Foi também feita uma “compilação das descontinuidades da rede ciclável existente”.

Actualizado às 16h45 de 22/12/2021 com declarações da EMEL.

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