Caos na Linha Verde do Metro: tentar compreender o que se tem passado

Ajuda-nos a chegar ร s 500 assinaturas, assina aqui.

Linha Verde com apenas trรชs carruagens, Linha Amarela cortada entre o Campo Grande e a Cidade Universitรกria, autocarros da Carris lotados e mais trรขnsito automรณvel. As obras de construรงรฃo da Linha Circular na zona do Campo Grande estรฃo a testar os limites do sistema de mobilidade da cidade. Situaรงรฃo deverรก durar dois meses, se nada…

Linha Verde cheia ร s 18 horas de uma quinta-feira no Martim Moniz (fotografia LPP)

O corte da Linha Amarela entre o Campo Grande e a Cidade Universitรกria e o encerramento da estaรงรฃo de Telheiras, desde 2 de Maio e por dois meses (atรฉ 7 de Julho), estรฃo a ter um impacto significativo no dia-a-dia de milhares de pessoas, utilizadoras ou nรฃo do Metro. As maiores alteraรงรตes ร s rotinas habituais sรฃo sentidas no Campo Grande: รฉ aqui que agora se inicia a Linha Verde, que passou a circular entre esta estaรงรฃo e o Cais do Sodrรฉ; e รฉ aqui que agora termina o troรงo norte da Linha Amarela, entre Odivelas e a referida interface.

Com a Linha Amarela cortada, quem agora chega ao Campo Grande do sentido de Odivelas tem apenas uma opรงรฃo para aceder ao centro da cidade: usar a Linha Verde. Esta linha รฉ tambรฉm a รบnica alternativa para todos os passageiros que chegam de autocarro ao terminal do Campo Grande oriundos das mais variadas รกreas perifรฉricas de Lisboa. Resultado: uma sobrecarga enorme da Linha Verde numa das mais movimentadas estaรงรตes de Metro da capital. Nรฃo รฉ por isso de estranhar que, no dia 2 de Maio, quando estes cortes e alteraรงรตes comeรงaram a aplicar-se, tenha sentido um autรชntico caos no Campo Grande.

Plataforma do Campo Grande lotada em hora de ponta (fotografia de leitor do LPP)

Passageiros habituais do Metro relatam que as plataformas de acesso aos comboios estavam, nas horas de ponta e nรฃo sรณ, cheias de passageiros. Imagens da estaรงรฃo do Campo Grande lotada correram tambรฉm as redes sociais e fizeram notรญcia em vรกrios รณrgรฃos de comunicaรงรฃo social. A contribuir para esta situaรงรฃo estรก, alรฉm das jรก referidas interrupรงรตes, a reduรงรฃo dos comboios a circular tanto no troรงo norte da Linha Amarela como em toda a Linha Verde das habituais seis carruagens para apenas trรชs โ€“ algo que, na Linha Verde, jรก nรฃo acontecia no perรญodo diurno desde o encerramento, em 2017, da estaรงรฃo de Arroios para as obras de prolongamento do cais. Apesar de um aumento anunciado da frequรชncia nesta linha, as circulaรงรตes com trรชs carruagens provocaram, ainda assim, vรกrias situaรงรตes de sobrelotaรงรฃo. Ouvimos relatos sobre pessoas que se terรฃo sentido mal durante as viagens e inclusive desmaiado. E verificรกmos carruagens lotadas tambรฉm fora das horas de ponta e ao longo de toda a Linha Verde.

Por exemplo, jรก passava pouco das 18 horas de quinta-feira, dia 4, e na estaรงรฃo do Martim Moniz passavam em direcรงรฃo ao Cais do Sodrรฉ dois comboios de trรชs carruagens, cheios de pessoas; no cais oposto, aguardava-se por um metro para o Campo Grande. Enquanto o tempo ia passando, sentia-se alguma ansiedade de quem jรก esperava por um comboio de trรชs carruagens a abarrotar. Assim aconteceu. Ao longo da semana, o Metro colocou sinalizaรงรฃo em portuguรชs e inglรชs nas estaรงรตes a indicar trรชs carruagens, convidando os passageiros a esperarem na primeira metade dos cais โ€“ ainda assim, muitas pessoas pareciam, como assistimos, surpreendidas com a chegada de metros mais curtos, correndo para os apanhar. Situaรงรตes como esta que presenciรกmos no Martim Moniz foram-nos relatadas noutras estaรงรตes na Linha Verde e ao longo de toda a semana.

Metro a “desenvolver todos os esforรงos” para repor seis carruagens na Linha Verde

Na sexta-feira ร  tarde, a situaรงรฃo jรก parecia mais estabilizada, contudo. No Campo Grande, as acumulaรงรตes de pessoas na plataforma de espera pareciam temporรกrias, entre a chegada de um metro e a saรญda de outro. Os tempos de espera pareciam de trรชs a quatro minutos โ€“ o tempo de um metro chegar, as pessoas saรญrem, o condutor trocar de cabine e os novos passageiros entrarem; a aproximaรงรฃo dos comboios ร  estaรงรฃo do Campo Grande รฉ feita devagar para que nรฃo haja incidentes. Na Linha Amarela, uma situaรงรฃo semelhante.

Trรชs carruagens em toda a Linha Verde (fotografia LPP)

Numa nota de esclarecimento publicada na quinta-feira, o Metro justifica que a alteraรงรฃo de circulaรงรฃo para trรชs carruagens na Linha Verde “foi determinada pela necessidade de salvaguardar a distรขncia de seguranรงa em relaรงรฃo aos trabalhos que decorrem, nesta fase, na via-fรฉrrea, a poente da estaรงรฃo Campo Grande. Todavia, o Metro estรก a desenvolver todos os esforรงos para repor a circulaรงรฃo de seis carruagens na Linha Verde, assim que as condiรงรตes o permitam, antes do final dos trabalhos”.

Escreveu ainda que, “para minimizar os constrangimentos”, aumentou o nรบmero de comboios em circulaรงรฃo na Linha Verde de nove para 12, “procurando reduzir os tempos de espera”. Mas reconhece: “Nรฃo obstante, tem vindo a verificar-se um aumento no tempo de paragem dos comboios nas estaรงรตes, para entrada e saรญda de passageiros, em particular na estaรงรฃo Campo Grande, situaรงรฃo que tem ocasionado atrasos cumulativos na circulaรงรฃo dos comboios. O Metropolitano de Lisboa estรก a monitorizar detalhadamente o movimento diรกrio de passageiros nestas novas condiรงรตes de operaรงรฃo, por forma a identificar e implementar soluรงรตes operacionais que permitam atenuar os impactos para os nossos clientes ao nรญvel dos tempos de espera e de percurso.”

Mais trรขnsito, autocarros lotados

Diz-nos quem anda de carro habitualmente em Lisboa que o trรขnsito entretanto se complicou desde as interrupรงรตes nas linhas Verde e Amarela. Uma transferรชncia de viagens do metro para o carro nรฃo terรก sido imediata, mas apรณs algumas pessoas experienciarem (ou verem na televisรฃo) os incidentes que sucederam nos primeiros dias โ€“ atรฉ porque terรก havido vรกrios passageiros a desconhecerem os cortes e a serem surpreendidos no inรญcio da semana. O congestionamento no nรณ do Campo Grande, nos tรบneis e na Cidade Universitรกria tem estado visivelmente mais intenso nos รบltimos dias.

Estaรงรฃo de Telheiras encerrada (fotografia LPP)

O Metro de Lisboa colocou na rua indicaรงรตes para os passageiros fazerem a pรฉ os percursos correspondentes aos troรงos encerrados: entre Telheiras e o Campo Grande, e entre o Campo Grande e a Cidade Universitรกria. Seguindo ou nรฃo essas indicaรงรตes (depende do conhecimento de cada um da cidade), foi visรญvel na manhรฃ de quarta-feira, 3 de Maio, um maior trรกfego pedonal na zona do Campo Grande em relaรงรฃo ao habitual, principalmente em direcรงรฃo ร  Cidade Universitรกria. As pessoas a pรฉ eram tantas que os conflitos entre ciclistas e peรตes โ€“ tambรฉm comuns naquela zona devido ao mau desenho do espaรงo pรบblico โ€“ se adensaram, com alguma falta de empatia (talvez por desconhecimento do que se estava a passar) por parte de quem circulava de bicicleta. Tambรฉm nessa manhรฃ vimos autocarros cheios, a abarrotar, e muitas pessoas ร  espera desses autocarros nas paragens, registando-se filas significativas.

Os reforรงos do serviรงo da Carris sรณ foram feitos nessa quarta-feira pela Cรขmara de Lisboa e pela transportadora municipal. Atravรฉs do Twitter, o Presidente da autarquia, Carlos Moedas, escrevia ร s nove da noite de terรงa que “a operaรงรฃo do Metropolitano de Lisboa รฉ da competรชncia do Governo. Nesse รขmbito, a Cรขmara Municipal de Lisboa lamenta os transtornos que as interrupรงรตes na circulaรงรฃo de comboios nas linhas Amarela e Verde do Metropolitano de Lisboa estรฃo a causar aos utilizadores de transportes pรบblicos da cidade de Lisboa. Face a essa situaรงรฃo, ร  qual a Cรขmara Municipal de Lisboa รฉ alheia e relativamente ร  qual a entidade competente รฉ o Metropolitano de Lisboa, a Carris reforรงou o serviรงo de vรกrias carreiras para minimizar o transtorno causado”.

Nรฃo se compreende, contudo, como รฉ que a Cรขmara nรฃo antecipou os impactos e nรฃo lanรงou atempadamente medidas de mitigaรงรฃo. De qualquer das formas, os reforรงos na Carris foram feitos nas carreiras 767, 738 e 736 nos percursos mais crรญticos; e a carreira 778 foi, apenas na sexta-feira, prolongada ร  Cidade Universitรกria [inicialmente tinha sido anunciado o prolongamento da 747, mas tal nรฃo aconteceu e a informaรงรฃo acabou por ser corrigida].

As alteraรงรตes na carreira 778 (via Autocarros de Lisboa)

De resto, o Metro de Lisboa diz que procurou lanรงar uma alternativa rodoviรกria de substituiรงรฃo “para utilizaรงรฃo exclusiva” dos seus passageiros. No entanto, “nรฃo foi possรญvel encontrar uma soluรงรฃo que respondesse ao pretendido, dado que os prรณprios operadores rodoviรกrios se encontram na sua capacidade mรกxima de oferta”. Informaรงรฃo que o Vice-Presidente da Cรขmara de Lisboa confirmou na reuniรฃo pรบblica que decorreu na semana passada: o Metro tentou encontrar junto da Carris Metropolitana autocarros e motoristas para linhas especiais, mas nรฃo havia viaturas nem motoristas disponรญveis. Note-se que a Carris Metropolitana jรก estรก a realizar transporte rodoviรกrio de substituiรงรฃo na Linha de Cascais, ao serviรงo da CP.

Anacoreta Correia adiantou ainda que a Cรขmara deu indicaรงรตes ร  EMEL para reforรงar a GIRA na envolvente do Metro do Campo Grande, mas vรกrios utilizadores dizem que tem sido ainda mais difรญcil que num dia habitual apanhar uma bicicleta GIRA naquela parte da cidade devido ร  elevada procura.

Um autocarro a abarrotar no Campo Grande (fotografia LPP)

Obras podiam ter sido feito no Verรฃo?

O Metro de Lisboa explica, na mesma comunicaรงรฃo, que “continuarรก a monitorizar conjuntamente com os operadores rodoviรกrios as possibilidades de disponibilizaรงรฃo de alternativas mais eficazes, ciente porรฉm de que qualquer serviรงo alternativo em modo rodoviรกrio nรฃo constitui uma soluรงรฃo efetiva total, em substituiรงรฃo do serviรงo prestado pelo Metro”. E acrescenta: “As intervenรงรตes em curso obedecem a uma planificaรงรฃo de obra cujos prazos contratuais jรก foram optimizados atรฉ ao limite, pelo que qualquer outro planeamento dos trabalhos, para datas posteriores, colocaria em causa os fundos comunitรกrios atribuรญdos, bem como penalizaรงรตes financeiras para a empresa e para o Estado Portuguรชs.”

De resto, o Metro de Lisboa “reconhece e lamenta o potencial impacto que estes constrangimentos poderรฃo causar nas rotinas diรกrias de quem vive, estuda e trabalha na zona de influรชncia destas intervenรงรตes e pede a compreensรฃo dos seus clientes na medida em que os mesmos sรฃo imprescindรญveis para a execuรงรฃo dos trabalhos necessรกrios ร  concretizaรงรฃo do plano de expansรฃo e modernizaรงรฃo da rede.”

Uma manhรฃ no Campo Grande (fotografia LPP)

Na jรก referida reuniรฃo pรบblica da Cรขmara de Lisboa, o Vice-Presidente criticou a inexistรชncia de um elemento da autarquia no Conselho de Administraรงรฃo do Metro de Lisboa para melhor influenciar a gestรฃo empresa no sentido dos interesses da cidade, e recordou a discรณrdia do actual executivo de Carlos Moedas em relaรงรฃo ao projecto da Linha Circular, apresentando a ideia de uma “linha em laรงo”. Ideia tambรฉm defendida pela Junta de Freguesia do Lumiar, responsรกvel pelo territรณrio onde se insere a estaรงรฃo de Telheiras e que รฉ tambรฉm afectada pelos restantes condicionamentos. Para esta, รฉ “inqualificรกvel o prejuรญzo que estรก a ser causado aos cidadรฃos do Lumiar, para implementar um projecto que sรณ os vai prejudicar”. A Junta posiciona-se contra a linha circular e sugere uma “linha em laรงo”, defendida tambรฉm no programa eleitoral Novos Tempos, subscrito pelo actual Presidente de Junta, Ricardo Mexia.

Linha em laรงo?

“Hรก muito tempo que a Junta de Freguesia do Lumiar (JFL) tem defendido que esta soluรงรฃo nรฃo serve os interesses do Lumiar e que representa um enorme prejuรญzo para todos os que vivem, estudam e trabalham neste territรณrio”, pode ler-se na nota partilhada com os jornalistas. “Foram propostas pela JFL vรกrias soluรงรตes alternativas, entre as quais se incluem a linha em laรงo, mas, tudo isto foi ignorado pela Administraรงรฃo do Metro e pelo Governo.”

Expansรฃo em curso do Metro de Lisboa (DR)

A Junta refere que o Lumiar tem quatro estaรงรตes e que a sua populaรงรฃo vai “perder o acesso directo ao centro da cidade por via do projecto que estรก a ser construรญdo”. “Nรฃo fossem todos estes prejuรญzos, que irรฃo perdurar no tempo, jรก suficientes, o Lumiar enfrenta ainda uma obra que tem causado fortes restriรงรตes ร  circulaรงรฃo, tendo levado a cortes de vias, deslocalizaรงรฃo de estacionamento e do terminal rodoviรกrio, e alteraรงรตes frequentes no funcionamento do Metro.” O executivo do Lumiar diz jรก ter estabelecido contacto com o Ministro do Ambiente e da Acรงรฃo Climรกtica, Duarte Cordeiro, que tutela o Metro de Lisboa, “a quem cabe a encontrar uma soluรงรฃo”. Termina: “Os cidadรฃos do Lumiar, e particularmente os de Telheiras, vรฃo ficar sem serviรงo durante dois meses, mas continuarรฃo a pagar na รญntegra os seus tรญtulos de transporte.”

Tambรฉm as associaรงรตes Quercus e ZERO enviaram uma nota ร  comunicaรงรฃo social em defesa da “linha em laรงo” e da necessidade de esforรงos urgentes para assegurar transporte alternativo aos troรงos interrompidos do Metro de Lisboa: “Numa fase em que o consumo de combustรญvel em Portugal regressou ao nรญvel prรฉ-pandemia e o trรขnsito em Lisboa supera esse nรญvel, atingindo nรญveis caรณticos em muitas alturas da semana, a Quercus e a ZERO entendem que estes constrangimentos mal planeados sรฃo um sinal errado na transiรงรฃo para uma mobilidade mais sustentรกvel, pois estรฃo a gerar cenรกrios caรณticos nos transportes, a fazer aumentar desmedidamente os tempos de viagem โ€“ nalguns casos mais que triplicam โ€“, as quais se dรฃo em condiรงรตes inaceitรกveis, e com isso a fazer muitos utilizadores desistirem do transporte pรบblico e optarem pelo individual em automรณvel.”

Obras no Campo Grande (fotografia LPP)

As duas associaรงรตes “compreendem a necessidade de cumprimento de prazos, nomeadamente fixados no รขmbito da comparticipaรงรฃo da obra por fundos comunitรกrios, mas tal nรฃo se pode sobrepor ao interesse absoluto de manter nรญveis de serviรงo de transporte pรบblico condignos”; e entendem que “as obras deveriam ter sido programadas para o Verรฃo, numa altura de interrupรงรฃo do ano lectivo e de fรฉrias dos trabalhadores, o que nรฃo traria certamente atrasos significativos no cronograma de execuรงรฃo da obra”. “Sendo agora demasiado tarde para agir a montante do problema, a Quercus e a ZERO exigem que sejam feitos esforรงos urgentes para garantir formas de transporte alternativo, nomeadamente a criaรงรฃo de serviรงos especiais de autocarros que assegurem os percursos dos troรงos interrompidos”, escrevem. “Para garantir tempos de viagem o mais semelhantes possรญvel aos do metropolitano, estes autocarros devem ser integrados num sistema de vias rodoviรกrias prioritรกrias com um sistema de semaforizaรงรฃo adaptado ร s exigรชncias de um serviรงo de autocarros de alta frequรชncia. Alรฉm disso, as estaรงรตes de bicicletas GIRA nos locais e freguesias afectadas pela interrupรงรฃo do metropolitano, nomeadamente junto ร s estaรงรตes, devem ser frequentemente reforรงadas com bicicletas que assegurem a procura nos percursos afectados, especialmente de manhรฃ e ร  tarde, algo que nรฃo tem sucedido.”

A Quercus e a ZERO dizem que devem ser feitos “esforรงos para que as vรกrias entidades responsรกveis procurem soluรงรตes conjuntas para mitigar este problema (que se prolongarรก pelo menos atรฉ Julho), e sobretudo para que cheguem a acordo sobre a criaรงรฃo de uma Autoridade Metropolitana de Transportes com poderes efectivos de coordenaรงรฃo, e que apresente uma estrutura de governaรงรฃo que envolva todos os atores relevantes, incluindo as Organizaรงรตes Nรฃo Governamentais de Ambiente, as Associaรงรตes de Utentes e de Moradores, em coordenaรงรฃo com a Autoridade da Mobilidade e dos Transportes”.

Prolongamento da estaรงรฃo do Campo Grande (fotografia LPP)

Quanto aos fundamentos das obras em curso que visam a criaรงรฃo da nova linha circular, a Quercus e a ZERO tรชm dรบvidas das mais valias ambientais que resultarรฃo de uma linha que interrompe o acesso direto dos moradores do eixo de Odivelas ร  cidade”, acrescentam as duas associaรงรตes, esperando que “estejam a ser desenvolvidas todas as adaptaรงรตes para garantir que esta nova linha seja efectivamente uma Linha em Laรงo, na qual entroncam directamente as composiรงรตes provindas do eixo de Odivelas, e vice-versa, garantindo assim que aos utilizadores da actual Linha Amarela nรฃo serรก imposto mais um transbordo”.

Gostaste deste artigo? Foi-te รบtil de alguma forma?

Considera fazer-nos um donativo:

  • IBAN: PT50 0010 0000 5341 9550 0011 3
  • MB Way: 933 140 217 (indicar “LPP”)
  • Ou clica aqui.

Podes escrever-nos para mail@lisboaparapessoas.pt.