Linha em círculo? Ou em laço? Dar prioridade a Alcântara? Expansão do Metro de Lisboa volta a dividir

O PCP colocou o tema da Linha Circular na agenda com a aprovação, por maioria na Câmara de Lisboa, de uma apreciação negativa ao projecto. Moedas recuperou a ideia de uma “linha em laço”. João Ferreira pede prioridade ao prolongamento da Linha Vermelha. Mas Governo diz que não há volta a dar.

Fotografia de Mário Rui André/Lisboa Para Pessoas

Carlos Moedas defendeu, na sua candidatura, uma “linha em laço”. Para João Ferreira, do PCP, há mais propostas além desta, mas aquilo que o vereador comunista tem a certeza é que a Linha Circular do Metro de Lisboa não é uma boa opção e pretende colocar o assunto de novo na agenda e pressionar o Governo no que for possível para a anulação do projecto.

O que pede o PCP?

Nesse sentido, o PCP apresentou uma moção dirigida ao Governo a pedir a “suspensão de todo o processo relativo à construção da Linha Circular” e que a concessão da obra nos viadutos do Campo Grande, para ligar as actuais Linhas Verde e Amarela, não seja assinada (lote 3). Neste momento, estão adjudicados as obras das duas primeiras partes da futura linha circular – a ligação do Rato a Santos com a nova estação da Estrela (lote 1) e o troço entre a estação de Santos ao Cais do Sodré (lote 2).

Só a construção da estação da Estrela, que será a estação de metro mais profunda da cidade e da Europa, está a avançar neste momento no terreno (com vários constrangimentos ao nível da mobilidade pedonal na zona, conforme reportou o Lisboa Para Pessoas em Julho).

Na moção, o PCP pede ao Governo ainda “uma articulação urgente com a Câmara Municipal de Lisboa, para identificar as prioridades que devem ser estabelecidas para a rede do Metro, reavaliando o impacto da suspensão imediata das obras da Linha Circular, refazendo projectos e fazendo os estudos de impacto financeiro”. Para os vereadores comunistas da Câmara de Lisboa, João Ferreira e Ana Jara, as prioridades devem passar:

  • por levar o Metro a Alcântara e à zona ocidental;
  • por ligá-lo a Loures através da Linha Amarela;
  • e por prolongar a actual Linha Verde de Telheiras até Benfica.
A votação da moção do PCP a 17 de Novembro de 2019 (via acta em minuta da reunião, CML)

Em reunião privada da Câmara de Lisboa, nesta quarta-feira, 17 de Novembro, a moção do PCP foi aprovada, genericamente, com votos a favor do PSD, CDS, PCP e BE e votos contra do PS e do Livre. Esta não foi a primeira moção contra a Linha Circular levada a votos pelos comunistas numa reunião de Câmara – os mesmos partidos (PCP, PSD, CDS, PCP e BE) já se tinham juntado em Abril de 2020 para aprovar um documento parecido, isolando o PS no apoio ao actual projecto de expansão do Metro de Lisboa.

Mas essa moção apresentada e aprovada em 2020 surgia num contexto diferente. A Assembleia da República tinha, por seu lado, aprovado em Fevereiro uma alteração ao Orçamento de Estado (OE) para aquele ano, através de uma proposta do PAN e de outra do PCP, no sentido de suspender o projecto de construção da Linha Circular, com o PS isolado a votar contra. Mas, quando o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, promulgou o OE no final de Março, entendeu que o Parlamento apenas tinha feito uma “recomendação política” e não ordenado uma suspensão, e um despacho do Ministro do Ambiente ordenava que a obra prosseguisse como planeado, por serem investimentos “urgentes e críticos”.

O plano de expansão da rede do Metro de Lisboa actualmente em cima da mesa, excluindo o metro ligeiro de superfície de Loures/Odivelas e o LIOS (imagem via Metro de Lisboa)

Ao Expresso, João Ferreira reconheceu que a recente moção representa um acto “de alguma forma simbólico” e uma oportunidade após as eleições para recuperar um tema que já tinha sido discutido antes e juntado PCP e PSD. Para o vereador comunista, a Linha Circular resulta de “uma posição de obstinação do Governo, contra tudo e contra todos”, que “contou nessa atitude com a Câmara Municipal de Lisboa”. João Ferreira diz que há “há um conjunto de possibilidades” e de melhorias mais urgentes que não são necessariamente a linha em laço proposta por Moedas (ver adiante) e que estão identificadas na moção.

Quais são os planos do Governo para o Metro?

Na moção apresentada pelo PCP e subscrita pela maioria dos partidos da Câmara de Lisboa, pede-se que, em detrimento da Linha Circular, se expanda o Metro até Alcântara e à zona ocidental da cidade (Ajuda e Belém), até Loures através do prolongamento da Linha Amarela e até Benfica através do prolongamento da Linha Verde a partir de Telheiras.

O metro ligeiro de Loures e Odivelas (imagem via Metro de Lisboa)

No entanto, as das reivindicações do PCP não estão esquecidas nos actuais planos de expansão do Metro de Lisboa, só que em vez de serem prioridade vão sê-lo apenas depois da conclusão da Linha Circular. Enquanto esta avança com um investimento total de 240,2 milhões de euros – a maioria proveniente de fundos europeus –, o Governo enquanto tutelar do Metro de Lisboa já assegurou financiamento europeu para a expansão da Linha Vermelha e para o metro de superfície em Loures e Odivelas – estes dois investimentos estão previstos no Plano de Recuperação e Resiliência 2021-2026 (PRR) e os contratos para garantir o dinheiro junto da União Europeia foram assinados no final de Setembro deste ano.

Portanto, segundo os planos de expansão do Metro de Lisboa:

  • o Metro de Lisboa vai chegar até Alcântara através do prolongamento da Linha Vermelha, com estações em Amoreiras, Campo de Ourique, Infante Santo e, por fim, Alcântara. Este projecto resulta num acréscimo de 4 km à rede, de um investimento de 304 milhões de euros e tem de estar pronto até ao final de 2025;
  • a ligação do Metro de Lisboa a Loures será feito através de uma solução à superfície a partir da actual estação de metro de Odivelas. Este metro ligeiro prevê uma linha de 12,4 km com um total de 18 paragens, tanto em Loures como em Odivelas, através de uma configuração em “C”. Tem de estar pronto até ao final de 2025;
  • a ligação à zona ocidental está a ser pensada através do LIOS. Este metro ligeiro ou eléctrico resultará de uma colaboração entre a Carris, o Metro de Lisboa e os municípios de Oeiras, Lisboa e Loures, uma vez que atravessará os três. Serão duas linhas e 24,4 km. É através do LIOS que o “metro” irá chegar a Belém ou à Ajuda, ou também a Sacavém.
  • a conclusão da Linha Circular (ou nova Linha Verde) está apontada para final de 2023 e início de 2024, representando um acréscimo de 2 km à rede de Metro. Haverá estações na Estrela, em frente à Basílica, e outra em Santos, no Largo da Esperança, bem perto do ISEG.

Podes ler mais sobre estes projectos aqui.

Porque é que a Linha Circular está a ser construída?

Tanto na Assembleia da República, como na Câmara de Lisboa, o PS tem estado sozinho na defesa da Linha Circular como prioridade na expansão do Metro de Lisboa. As moções, recomendações políticas e contestações cívicas vão-se acumulando, mas o PS, partido que suporta o actual Governo central e que suportava o executivo camarário, mantém-se firme.

Principais pontos de entrada em Lisboa [chegadas a Lisboa em dia útil nos operadores CP, Transtejo/Soflusa e Fertagus, a partir dos dados fornecidos pelos operadores, AML, 2015; chegadas a Lisboa em dia útil nas carreiras metropolitanas, a partir dos horários disponibilizados pelos operadores em 2016], gráfico via Metro de Lisboa

O grande argumento tem a ver com a confluência de passageiros no Cais do Sodré. Aqui chegam 20,5 mil passageiros diários da Linha de Cascais e 15 mil do transporte fluvial, num total de 35,5 mil pessoas que todos os dias têm na estação de metro do Cais do Sodré e na actual Linha Verde a única forma de entrar na rede e chegar a zonas de trabalho como o eixo Entrecampos – Avenida da República – Picoas – Marquês de Pombal.

Com a Linha Circular, a estação de Cais do Sodré passaria a distribuir os passageiros em duas direcções, diminuindo os transbordos e a pressão na actual Linha Verde. Além disso, este anel também passaria pela interface rodoviária do Campo Grande, à qual chegam diariamente 25 mil passageiros das carreiras suburbanas de autocarros; e pela estação ferroviária de Entrecampos, que recebe 28,5 mil passageiros diários da CP e Fertagus.

Por outro lado, em Fevereiro de 2020, o Metro de Lisboa lançava um comunicado de imprensa sobre os estudos realizados e as alternativas estudadas, tendo concluído que com uma Linha Circular em vez de duas linhas independentes os benefícios em termos de novos passageiros, menos automóveis e movimento nas estações eram superiores (foi também estudada o prolongamento da Linha Vermelha entre São Sebastião e Campo de Ourique – ou seja, ainda sem a extensão até Alcântara – com três estações ou duas estações).

Qual a resposta do Governo à moção da Câmara de Lisboa?

João Pedro Matos Fernandes, Ministro do Ambiente e da Acção Climática, responsável máximo pela tutela do Metro de Lisboa, não tardou a reagir à moção da Câmara de Lisboa ao projecto da Linha Circular através da comunicação social.

João Pedro Matos Fernandes, Ministro do Ambiente e da Acção Climática (fotografia de Lisboa Para Pessoas)

À Rádio Observador, Matos Fernandes disse que o Governo não vai recuar por a Linha Circular ser “aquela que melhor serve a mobilidade na cidade de Lisboa e na Área Metropolitana de Lisboa; por andarmos há muito tempo de estudo em estudo para o poder comprovar; por termos uma obra em curso, uma outra obra a uma semana de ser consignada e a outra a ser consignada, certamente, a ser consignada até ao final do ano; e por o projecto ter sido financiado por fundos comunitários”.

Para o Ministro,“esta obra está decidida, está financiada, eu nunca serei o responsável por fazer o disparate que seria parar esta obra” e relembrou que houve luz verde da Câmara de Lisboa quando a Linha Circular foi pensada e projectada. “Fazer obras contra a vontade da autarquia nunca é um bom princípio, mas isso não pode aplicar-se a obras que vêm de trás.”

Matos Fernandes disse ainda que “o Governo e o Metro de Lisboa querem muito articular-se com a Câmara de Lisboa” para, por exemplo, “ter licenças da Câmara de Lisboa para fazer quatro elevadores em quatro estações diferentes para ligar à superfície e servir as pessoas com menos mobilidade” ou “fazer a Linha Vermelha até Alcântara, como vem indicado nesta moção, mas estamos à espera que a Câmara de Lisboa diga que concorda com o projecto para podermos entregar o estudo de impacto ambiental nas entidades próprias”.

O que é que Carlos Moedas diz?

Uma linha que comece em Odivelas, termine em Odivelas e una na mesma as actuais linhas Verde e Amarela sem criar um círculo. É esta a proposta que Carlos Moedas apresentou em campanha eleitoral no seu programa e que voltou a defender esta semana

Transformar a Linha Circular e a futura Linha Amarela numa linha única em laço (Odivelas, Campo Grande, Rato, Cais do Sodré, Alameda, Campo Grande, Telheiras), para manter as ligações directas (sem transbordo) de Odivelas, norte de Lisboa e Telheiras ao centro da cidade.

– Programa eleitoral Novos Tempos | Carlos Moedas
Diagrama da “linha em laço” (imagem de Lisboa Para Pessoas)

A ideia de Moedas não é original. Em 2019, o Movimento Contra o Fim da Linha Amarela, que nasceu da preocupação do encurtamento da actual Linha Amarela, tinha sugerido precisamente uma linha em laço que começasse em Odivelas e terminasse em Telheiras, percorrendo toda a cidade. Tanto este movimento como Moedas aceitam a construção de novas estações na Estrela e em Santos, ligando o Rato ao Cais do Sodré, mas discordam da obra no Campo Grande para ligar as actuais linhas Verde e Vermelha. Ou seja, mantendo os lotes 1 e 2 do projecto da Linha Circular mas descartando o lote 3 da obra, seria possível criar esta linha em laço.

Numa declaração enviada aos jornalistas após a reunião de Câmara de dia 17, Moedas referiu que a Linha Circular é “um erro” e que “está longe de ser a melhor opção para servir a cidade”, defendendo uma revisão do projecto. “Ainda vamos a tempo de corrigir a situação. Estou disponível e acredito que com empenho e racionalidade do Governo e do Metro podemos chegar a uma muito melhor solução, que sirva a população”, acrescentou. Com a linha em laço, o problema da confluência de passageiros no Cais do Sodré poderia ficar na mesma resolvido, uma vez que as pessoas poderiam viajar na mesma nos dois sentidos e

No seu programa eleitoral, Carlos Moedas apoiou a intenção de levar a Linha Vermelha até Alcântara, pensando já no seu prolongamento a Miraflores e Algés, o que está previsto nos projectos do Governo quer através do Metro de Lisboa, quer do LIOS:

Extensão da Linha Vermelha do Metropolitano até Alcântara, com posterior prolongamento pela meia-encosta a Miraflores e Algés, onde se fará o interface com a Linha de Cascais. Ligação da Linha de Cascais à Linha de Cintura e à nova estação de metro de Alcântara;

– Programa eleitoral Novos Tempos | Carlos Moedas

Que planos existiram no passado?

A primeira rede do Metro de Linha desenhava-se no famoso “Y”: duas linhas distintas, uma a começar em Sete Rios e outra em Entrecampos, confluíam no Marquês de Pombal (ou Rotunda, como era conhecido na altura), estação a partir da qual se iniciava um tronco comum até aos Restauradores. A abertura ao público deu-se em 1959 – o Metro de Lisboa nasceu com 6,6 km, 11 estações e uma única linha que se dividia ou se unia na Rotunda.

Os anos passaram, novas estações foram criadas e chegamos a 1993, quando a rede continha um anel circular, apesar de não existir uma linha circular. Nesse ano, já se sabia que o anel era para quebrar: em 1995, desconectou-se o “Y da Rotunda” (Marquês de Pombal), projectado cinco anos antes no primeiro Plano de Expansão da Rede (PER I); e em 1998, quebrou-se a ligação entre os Restauradores e o Rossio. Passaram a existir as linhas Azul, Amarela e Verde.

O PER II tinha sido publicado em 1993, sabendo-se da futura necessidade de levar o Metro até à zona oriental onde decorreria a Expo’98 (Linha Vermelha). Neste estavam estabelecidas as quatro linhas que hoje conhecemos e a ideia para o futuro da Linha Amarela: com o fim do “Y” e a definição desta linha, na altura, entre o Campo Grande e o Marquês de Pombal, previa-se o seu prolongamento a sul até ao Rato. O plano seria, mais tarde, levar a Linha Amarela até Alcântara, com paragens na Estrela e na Infanto Santo, o que permitira uma ligação directa à Linha de Cascais – resolvendo-se a pressão que hoje os passageiros de Cascais colocam no Cais do Sodré, que poderia chegar ao centro da cidade a partir de Alcântara.

No ano de 2009, o Governo de PS propôs dezenas de novas estações e um ambicioso plano de expansão com o horizonte temporal 2010/2020 – Plano de Expansão do Metropolitano de Lisboa 2010/2020. O Metro de Lisboa iria para Loures, teria novo prolongamento para a Amadora e novas estações e ligações dentro da cidade. A vontade de levar a Linha Amarela até Alcântara surgia neste plano, juntamente com o fecho da Linha Verde num anel circular como agora se está a concretizar – novas estações entre o Rato e o Cais do Sodré estavam previstas em São Bento e em Santos. A estação da Estrela ficaria na Linha Amarela que teria paragem também na Infanto Santo antes de terminar em Alcântara. Já a Linha Vermelha seria prolongada a partir de São Sebastião para Campolide, Amoreiras, Campo de Ourique, Prazeres e Alvito.

O Plano de Expansão do Metropolitano de Lisboa 2010/2020 (via Metro de Lisboa)

Também em 2009 foi desenvolvido um estudo para definir “uma hierarquia de prioridades de execução dos prolongamentos previstos” no Plano apresentado. Nas conclusões deste estudo, realizado pela empresa TRENMO e que não se encontra publicado, apontava-se a seguinte ordem para os investimentos a realizar na cidade de Lisboa: primeiro ligar o Rato ao Cais do Sodré (com Estrela, São Bento e Santos), depois prolongar a Linha Vermelha de São Sebastião para Campolide, Amoreiras, Campo de Ourique e Prazeres, e, por fim, estender a linha de Telheiras a Pontinha, com as estações Fernando Namora e S. Francisco de Assis.

Os anos vão passando, há uma crise económica pelo meio que suspendeu os projectos e, em 2017, volta-se a falar da expansão do Metro de Lisboa, com o plano realizado em 2009 como base de trabalho. A Linha Circular é apresentada novamente como prioridade e a data de 2021 é apontada para a conclusão desta empreitada. É apresentada ainda a extensão da Linha Vermelha até Alcântara, a da Amarela a partir de Telheiras e até ao centro de operações da Pontinha, agora com paragens na mesma na Praça São Francisco de Assis, na Quinta dos Inglesinos, e no Largo da Luz, ligando depois ao Colégio Militar/Luz – daqui seguiria (como Linha Amarela ou Linha Azul) até Benfica, parando antes na Avenida do Uruguai.

Contudo, as obras da Linha Circular só arrancaram neste ano, pela nova estação da Estrela. A empreitada em Santos ainda está por iniciar, tal como a no Campo Grande. Entretanto, uma parte dos investimentos descritos no plano de 2009 foram transformados em soluções de metro ligeiro – é o caso da ligação a Sacavém, que passou para o LIOS, ou da expansão para Loures, que também será feita à superfície. Para levar o metro a Loures e para prolongar a Linha Vermelha, o Governo e o Metro de Lisboa já asseguraram o financiamento necessário de Bruxelas, sendo que as duas obras terão de estar concluídas até final de 2025. Quanto à Linha Circular, a conclusão é apontada para o final de 2023 e início de 2024.

Numa apresentação realizada em Fevereiro na conferência Portugal Railway Summit 2021, o prolongamento do metro a partir de Telheiras até Benfica surge “confirmado” como uma extensão da Linha Amarela e é mostrada a ambição de levar a Linha Vermelha a partir do Aeroporto até Alvalade e a Entrecampos. No mesmo mapa, são mostradas também os traçados das futuras linhas de metrobus – entre Algés e a Reboleira e entre Paço de Arcos e o Cacém, recuperando o antigo traçado do SATU. Mas todos estes projectos poderão ainda demorar a sair da gaveta ou acabar alterados. Em declarações à Rádio Observador, Fernando Nunes da Silva, antigo vereador da mobilidade de Lisboa, crítico da actual Linha Circular, lamentou a “falta de memória” no país e o facto de “as instituições não preservarem as suas próprias orientações estratégicas que foram definidas num determinado momento e alteram em função dos humores de quem dirige momentaneamente uma instituição”, referindo-se aos planos de expansão já definidos na década de 1990.

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